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Dicas para a adaptação escolar



Com a retomada das aulas e o início de um novo ano letivo alguns desafios se somam ao cotidiano escolar: crianças que ingressam no ambiente educacional pela primeira vez, crianças que trocam de escola, estudantes que avançam para outras turmas ou etapas de ensino, além de professores(as) que passam a assumir novas turmas. Em meio a euforia do retorno das férias, há a preocupação e as angústias com o novo que surge. Como a escola e as famílias podem trabalhar em conjunto para facilitar a adaptação escolar?


Nossa assessora pedagógica Isadora Roncarelli vai nos ajudar com dicas para enfrentar o desafio da adaptação das crianças na escola, valorizando a presença da família neste processo. Boa leitura!


Para que a adaptação ocorra de forma tranquila é preciso que as crianças sejam acolhidas pela escola e percebam a segurança das famílias em deixá-las neste ambiente. O desafio deste processo está, especialmente, em conciliar os desejos das crianças, as expectativas dos pais e as necessidades da escola.


A melhor forma de enfrentar a adaptação escolar é organizar a escola e a família para este novo desafio. Para cada situação de adaptação há diferentes formas de intervir. Vamos propor soluções para cada uma delas:


1 - Crianças que ingressam na escola pela primeira vez

Esta é, provavelmente, a adaptação mais longa e a que causa mais preocupação às famílias e escolas. Quando uma criança ingressa pela primeira vez na escola há uma mudança significativa em sua vida, em termos de rotina, relações humanas e espaciais.

Se o ingresso na escola ocorre nos primeiros meses de vida, é possível que este processo seja mais tranquilo para criança e mais difícil para seu cuidador (seja a mãe ou outra pessoa que zelava pela criança no ambiente familiar), questão que tende a se inverter quando a criança já é um pouco maior.


O bebê será bem assistido na escola, mas precisará lidar com a espera – já que por vezes o(a) educador(a) estará atendendo outra criança - e com a nova rotina. Já para o adulto cuidador, a dificuldade é estabelecer um vínculo de confiança na escola e de “soltura” da criança de seus braços.


Uma dica fundamental para este momento, seja no caso dos bebês ou das crianças maiores, é que a família precisa passar confiança para a criança. O sentimento de estranhamento de ser deixado em um espaço novo, com pessoas novas, é normal e faz parte do processo. Para que este estranhamento não se transforme em um medo prolongado, é preciso que a família demonstre segurança ao adaptar a criança na escola, acompanhe os primeiros dias de aula, e converse constantemente com a criança e/ou bebê sobre a adaptação.


Aqui vai a dica de ouro para as mamães, papais ou cuidadores: mesmo que você se sinta fragilizado por este momento, tente não chorar ou demonstrar medo/insegurança na frente da criança, especialmente no momento de deixá-la com o(a) educador(a), esta fragilidade pode confundir a criança, que tende a desenvolver um sentimento de abandono, afinal: “por que minha mamãe me deixou aqui e saiu chorando?”. Prepare seu coração para que este momento seja o mais tranquilo possível.


2 - Crianças que trocam de escola

A troca de escola, no geral, tende a ser mais tranquila do que a adaptação inicial na escola. Por mais que a criança ou adolescente precise reorganizar sua rotina, amizades e conhecer o novo espaço, é comum que as escolas possuam uma organização parecida, o que facilita este processo.


Neste caso, é importante que os familiares conversem antecipadamente com a criança sobre a mudança, façam uma visita na nova escola, tentem aproximar as crianças de novos amigos e se coloquem a disposição de escutar os dilemas de fazer novas amizades, afinal todos nós sabemos que nem sempre este momento é tranquilo para todos.


A escola, ao mesmo tempo, pode organizar momentos de acolhida aos estudantes novos, com brincadeiras, interações e dinâmicas que aproximem a criança da escola, dos professores e dos colegas. Uma roda de boas-vindas no primeiro dia de aula pode auxiliar no acolhimento.


3 - Crianças que trocam de etapa de ensino

Neste caso, especialmente quando as crianças saem da Educação Infantil para o Ensino Fundamental, é preciso um pouco mais de atenção. A BNCC prevê que as crianças pequenas tenham um período de transição entre as etapas, ou seja, um momento de se readequar a nova rotina, especialmente nos casos em que além da troca de etapa há a troca de escola.


Uma dica para os familiares é, em casa, reforçar com a criança a nova rotina escolar, criando cartazes ou anotações/desenhos que auxiliem a criança a compreender como se organizar neste novo ciclo da vida escolar. O mesmo precisa ser feito na escola, para que a adaptação seja mais tranquila.


4 - Estudantes que trocam de turma

As trocas de turma dentro da mesma escola podem ocorrer por necessidade da instituição ou, algumas vezes, por desejo da família. Em ambos os casos é importante que haja diálogo com a criança, afinal ela precisa compreender os motivos para se sentir acolhida e feliz no novo ambiente.


Da mesma forma que as situações de troca de escola, este caso exige apoio da família na constituição de novos laços de amizade – e preservação dos antigos nos momentos de intervalo e brincadeiras fora da escola – além da parceria da nova turma com um momento de acolhida dos colegas que chegam para compor o grupo.


Em todas as situações fica claro o quanto família e escola precisam estreitar os laços e trabalhar de forma colaborativa para facilitar a adaptação ao novo. Em casos mais complexos, em que tanto família quanto escola percebem dificuldade de adaptação, a presença de um(a) psicólogo(a) pode ser importante para acompanhar a criança.

O mais importante durante o período de adaptação escolar, é promover momentos de valorização dos sentimentos, união entre a turma, pertença das crianças na escola e confiança no papel do(a) educador(a) como um guia, seja em relação à construção do conhecimento, ou pela sua importância como figura protetora das crianças na escola.




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